Vida arde e ferve
Vida que dói e que fere
E fura o peito,Vida que dói e que fere
pelo defeito que é
tua presença virtual.
O vazio que me compõe
é o silêncio que ensurdece.
Quanto ar e quanta brisa sem destino,
enrubece.
Vazio.
Volta, mas volta inteira!
Não me demita da tua história.
Que da minha já és dona;
que da tua, sou detento.
Ama-me, amarra-me... ou mata-me.
Seja meu trampolim
Mas não permita que eu aceite
A vida inerte de um jardim.
Volta e me obriga,
me agarra e me arranca sem dó.
Me faz trespassar
e desatar este nó.
Que assim enfim
Me faz contrapor
Mesmo que em desamor
esta roda sem fim.
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Publicado em Revista da Anclivepa-SP
Julho de 2012
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